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terça-feira, 9 de abril de 2013


Piauí: 2 mil famílias cadastradas não são beneficiadas com Bolsa Família

O secretário de Assistência Social e Cidadania, Francisco Guedes, informou que apenas em março deste ano foram transferidos para o Piauí mais de R$ 75 milhões, relativos ao Bolsa Família. O gestor afirmou que está sendo realizada uma auditoria para garantir que haja vagas para as mais de 2 mil famílias que seguem o critério, mas que ainda não participam do programa.



"Acredito que até o final do ano vamos conseguir atualizar os cadastros, através das auditorias e fiscalizações. Não temos problemas com falta de vagas, o que acontece é que tem gente fora dos critérios que continua recebendo o benefício. Vamos garantir que essas pessoas dêem lugar a quem é mais necessitado", explicou o secretário.

Atualmente, no Piauí há 450.370 famílias cadastradas no Bolsa Família, a maioria, 3 milhões, é de Teresina. O benefício básico do programa é de R$ 70 e o variável é de R$ 32 por criança até 15 anos e R$ 38 por adolescente de 16 e 17 anos. As gestantes também recebem a mais. O benefício médio no Piauí é de R$ 167,40.

Como se cadastrar

Para se cadastrar no programa, a família deve ter renda total de R$ 140 ou renda de R$ 70 por pessoa. "Além disso, as crianças da família devem ter o cartão de vacina atualizado e frequentarem regularmente a escola. É a contrapartida que exigimos para que eles consigam um dia ter condições de saírem do Bolsa Família. A melhor forma disso acontecer é a capacitação", avaliou Guedes.


O cadastro do Bolsa Família deve ser atualizado a cada dois anos. "Em alguns casos, a família muda de endereço e a Busca Ativa, que é a auditoria, vai ao local, não a encontra e acaba bloqueando o cadastro. Então, é importante sempre atualizar os dados", completou o gestor.


A família que se encaixa nos parâmetros deve comparecer ao CRAS da sua cidade. Em Teresina há 17 unidades, e no Piauí há 256 ao todo. "Sabemos que o dinheiro do programa não é suficiente para sustentar toda a família, mas essa é somente uma renda complementar, para garantir a alimentação", justificou o secretário.

Francisco Guedes acrescentou que as famílias que conseguem sair do programa não têm o cartão cancelado, apenas bloqueado. "Muitas vezes, as pessoas saem dos padrões porque conseguiram emprego. Mas, se elas perderem o emprego podem voltar a serem beneficiadas", informou.
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