Piauí: 2 mil famílias cadastradas não são beneficiadas com Bolsa Família
O secretário de
Assistência Social e Cidadania, Francisco Guedes, informou que apenas em
março deste ano foram transferidos para o Piauí mais de R$ 75 milhões,
relativos ao Bolsa Família. O gestor afirmou que está sendo realizada
uma auditoria para garantir que haja vagas para as mais de 2 mil
famílias que seguem o critério, mas que ainda não participam do
programa.
"Acredito
que até o final do ano vamos conseguir atualizar os cadastros, através
das auditorias e fiscalizações. Não temos problemas com falta de vagas, o
que acontece é que tem gente fora dos critérios que continua recebendo o
benefício. Vamos garantir que essas pessoas dêem lugar a quem é mais
necessitado", explicou o secretário.
Atualmente,
no Piauí há 450.370 famílias cadastradas no Bolsa Família, a maioria, 3
milhões, é de Teresina. O benefício básico do programa é de R$ 70 e o
variável é de R$ 32 por criança até 15 anos e R$ 38 por adolescente de
16 e 17 anos. As gestantes também recebem a mais. O benefício médio no
Piauí é de R$ 167,40.
Como se cadastrar
Para
se cadastrar no programa, a família deve ter renda total de R$ 140 ou
renda de R$ 70 por pessoa. "Além disso, as crianças da família devem ter
o cartão de vacina atualizado e frequentarem regularmente a escola. É a
contrapartida que exigimos para que eles consigam um dia ter condições
de saírem do Bolsa Família. A melhor forma disso acontecer é a
capacitação", avaliou Guedes.
O
cadastro do Bolsa Família deve ser atualizado a cada dois anos. "Em
alguns casos, a família muda de endereço e a Busca Ativa, que é a
auditoria, vai ao local, não a encontra e acaba bloqueando o cadastro.
Então, é importante sempre atualizar os dados", completou o gestor.
A
família que se encaixa nos parâmetros deve comparecer ao CRAS da sua
cidade. Em Teresina há 17 unidades, e no Piauí há 256 ao todo. "Sabemos
que o dinheiro do programa não é suficiente para sustentar toda a
família, mas essa é somente uma renda complementar, para garantir a
alimentação", justificou o secretário.
Francisco
Guedes acrescentou que as famílias que conseguem sair do programa não
têm o cartão cancelado, apenas bloqueado. "Muitas vezes, as pessoas saem
dos padrões porque conseguiram emprego. Mas, se elas perderem o emprego
podem voltar a serem beneficiadas", informou.