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quinta-feira, 18 de abril de 2013

"Francimar foi o mandante" diz Valter em gravação; confira o vídeo

Das sete pessoas investigadas, cinco foram indiciadas. Ao todo, foi ofertado R$ 15 mil para a conclusão da morte.

A Polícia Civil do Piauí divulgou durante coletiva vídeos em que o preso Válter Ricardo da Silva esclarece detalhes sobre a execução do ex-vereador Emídio Reis, morto com dois tiros no dia 30 de janeiro deste ano. Hoje, a Delegacia Geral divulgou o inquérito e anunciou o indiciamento de cinco pessoas, entre elas, a do vice-prefeito de São Julião, Francimar Pereira. 

Lucci Keiko.

Durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (18), cinco, das sete pessoas investigadas pelo homicídio, foram indiciadas. Foram eles: o vice-prefeito de São Julião, José Francimar Pereira, como mandante do crime, Joaquim Pereira Neto, como agenciador, e Antônio Sebastião Sá, José Gildásio da Silva Brito e Válter Ricardo da Silva como executores.

“Nos vídeos podemos conferir como toda a morte foi arquitetada. O Valter Ricardo revelou que todo o plano começou com uma carona pedida pelo Válter ao Emídio. As declarações foram dadas na frente da defensora pública que defende ele”, explica o delegado.



O valor acertado pela morte de Emídio Reis foi de R$ 15 mil reais. Cada um dos executores recebeu a promessa de R$ 5 mil pelo crime. Válter revela que recebeu apenas R$ 3 mil e que o ex-vereador foi executado com dois tiros: um na cabeça e um na perna e depois enterrado.


“As informações foram dadas ao delegado Menandro Pedro. Ele também revelou o local onde o corpo foi abandonado. Era um local muito fechado e de difícil acesso. Para ele conseguir chegar lá de novo com facilidade mostra que conhecia bem o local”, disse Lucci Keiko.

Todas as informações explicitadas nos vídeos foram reafirmadas nos autos do processo. Para a elucidação do caso, o delegado agradeceu a parceria do Ministério Público e da Justiça do Piauí.


“Eles foram essenciais e apreciaram todos os pedidos em tempo hábil. Esse foi um crime bárbaro, um dos mais bárbaros que eu já investiguei em toda a na minha carreira. Mas estamos felizes com o resultado de solução do caso”, conta o presidente do inquérito.

Ameaças
O delegado também comentou a informação de que a ex-noiva de Emídio Reis, Célia Maria Luz Oliveira, estaria sendo ameaçada. “A polícia vai interceder. Conheço ela e vamos ajudar. Ela não vai ficar desamparada”, garante Lucci Keiko.

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