Agentes param presídios e dão até 9h para governo negociar
Sindicato diz que secretário já prometeu apresentar proposta nesta terça-feira. Assembleia na Custódia vai avaliar.
Uma possibilidade de
negociação pode interromper a greve dos agentes penitenciários do Piauí
logo no seu início. Com início marcado para 0h desta terça-feira (30), a
mobilização será avaliada em assembleia da categoria às 9h da manhã, em
frente a Casa de Custódia de Teresina (PI). Os servidores esperam
receber uma proposta do Governo do Estado antes disso.
Assembleia do Sinpoljuspi aprovou movimento nas semana passada
O
presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí
(Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, afirmou ao Cidadeverde.com que
recebeu, na tarde desta segunda-feira (29), um telefonema do secretário
estadual de Administração, Paulo Ivan da Silva Santos, informando que
uma proposta será enviada para a categoria.
"Se
chegar até 9h alguma proposta do governo, nós vamos avaliar na
assembleia. Mas que seja realmente uma proposta que atenda as
reivindicações", comentou Vilobaldo Carvalho.
A
categoria cobra reajuste salarial de 60%, parcelado em até seis vezes
durante três anos. Segundo Carvalho, a possibilidade de parcelamento em
quatro anos já foi descartada pelos agentes em outra oportunidade.
Vilobaldo Carvalho, presidente do Sinpoljuspi
Além
disso, o Sinpoljuspi cobra a convocação de agentes aprovados em
concurso. Eles contabilizam a nomeação de apenas 30 desde 2011, sendo 18
deles por força de decisão judicial. Ainda restariam 50. "Cinquenta
agentes não são 50 procuradores do Estado. Para nomear aos pouquinhos, a
conta gotas, não dá para entender", acrescenta o presidente do
sindicato.
Outra cobrança diz respeito a
melhor estrutura e condições de trabalho, como a compra de equipamento
bélico e de proteção individual.
O Sindicato
afirma que as cobranças são feitas desde o ano passado e já houve tempo
para o Governo se posicionar. "Estamos coesos de Bom Jesus a Parnaíba,
dispostos a fazer o movimento da forma mais organizada possível",
concluiu Vilobaldo Carvalho.
Com a greve,
estão suspensas visitas aos presos e condução dos mesmos para audiências
ou transferências entre penitenciárias. Além disso, os presídios também
irão se recusar a receber detentos de delegacias da Polícia Civil.
Apesar disso, os agentes garantem que continuarão trabalhando em
atividades internas e essenciais para segurança do sistema prisional.